05 de junho de 2023

Quais os riscos do clareamento dental em excesso?

Em nome de uma imagem impecável, muitas pessoas acabam exagerando na quantidade de procedimentos para clareamento dental. Conheça os pontos de atenção.

Um dos pedidos mais comuns nos consultórios odontológicos é o clareamento dental, geralmente realizado nas etapas finais de um tratamento. Mas o estilo de vida, a passagem do tempo e até mesmo a herança genética podem fazer com que o resultado não seja tão duradouro assim. E isso acaba fazendo com que a pessoa queira repetir o procedimento em curtos intervalos de tempo.

Há, sim, um prazo para fazer o retoque do clareamento, geralmente 6 meses a contar do procedimento, mas algumas pessoas acabam ficando obsessivas com o clareamento, muitas vezes chegando a um tom artificial.

A pergunta é: que cirurgião-dentista faria algo assim? Na verdade, os profissionais explicam os limites e os riscos do excesso do clareamento dental, mas muitos pacientes acabam fazendo o procedimento por conta – o que não é nada recomendável.

Há na internet um mercado de venda de fitas e géis clareadores, sem comprovação de sua eficiência. O paciente, que já tem a sua moldadeira de silicone, acaba fazendo o procedimento e assumindo riscos completamente desnecessários. Principalmente no caso das fitas, em que o gel pode entrar em contato com a gengiva e causar queimaduras.

A situação é ainda mais crítica quando a pessoa nunca passou por uma avaliação odontológica com a finalidade de realizar o clareamento dentário. Embora seja um procedimento muito seguro quando realizado com o acompanhamento de um cirurgião-dentista, ele pode ser muito prejudicial sem uma avaliação prévia. Isso porque há contraindicações e cuidados específicos a serem tomados no procedimento, dependendo da saúde bucal do paciente.

O clareamento dental não é indicado para:

  • Gestantes, lactantes e menores de 15 anos;
  • Pessoas que apresentem alergia a algum dos componentes químicos do gel clareador;
  • Pessoas com manchas ocasionadas por tetraciclina;
  • Pessoas com problemas na formação do esmalte dentário;
  • Pessoas com problemas gengivais ou cáries não tratadas.

Já as pessoas que têm restaurações ou próteses dentárias aparentes devem fazer a manutenção delas após o término do clareamento dental. O objetivo é reproduzir a coloração mais clara também nesses elementos. Pessoas com hipersensibilidade nas gengivas ou dentes podem fazer o tratamento, mas ele será cercado de um pouco mais de cuidado.

Ao fazer o clareamento dental sem o acompanhamento de um cirurgião-dentista, a pessoa não saberá qual o ciclo do tratamento para o caso dela, podendo exceder o tempo necessário – tanto em dias de uso quanto em horas de utilização do gel clareador. Além disso, há procedimentos de finalização do clareamento dental, como aplicação mecânica de flúor para auxiliar na remineralização do esmalte, que a pessoa não conseguirá fazer em casa, deixando seus dentes mais vulneráveis a problemas.

Qualquer tratamento odontológico é planejado pelo cirurgião-dentista de acordo com as particularidades de cada paciente. É imprescindível realizar visitas regulares para garantir a manutenção correta da saúde bucal e fazer o tratamento exatamente como foi prescrito. 

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