08 de maio de 2023

Quais as consequências da perda dentária?

A perda dentária completa ou parcial causa prejuízos à saúde física e emocional das pessoas. Saiba por que isso acontece e como evitar essa situação.

A maioria das pessoas conhece e pratica os princípios básicos da higiene bucal, porém, algumas de uma maneira mais completa. A frequência e a qualidade do uso do fio dental e escovação, mais uma rotina de visitas ao consultório odontológico, são determinantes para evitar vários problemas. Uma dessas situações é a perda de dentes.

É comum associar a perda dental à idade avançada, mas o fato é que isso pode acontecer em qualquer momento da vida. Segundo a Pesquisa Nacional da Saúde realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2020, no Brasil 34 milhões de pessoas adultas têm perda igual ou superior a 13 dentes. Esse número se concentra, especialmente, nas camadas mais pobres da sociedade brasileira.

Lamentavelmente, a perda de dentes afeta muito a autoestima das pessoas, algumas vezes levando ao isolamento social e a outras desordens psicológicas. Outra consequência importante é um quadro de outras doenças físicas.

Principais fatores de risco para a perda dentária

A falta de cuidado e a higiene bucal precária são as maiores causas de perda dentária, mas isso pode ser ainda mais agravado se a pessoa estiver em um grupo mais suscetível a perdas.

  • Maus hábitos: tabagismo, abrir embalagens com os dentes, abrir nozes ou roer canetas.
  • Doenças: diabetes, artrite reumatoide, imunossupressão, desnutrição, infecção por HIV e condições como o bruxismo.
  • Medicamentos: radioterapia, quimioterapia e imunossupressores.
  • Fatores externos: idade avançada, ser do sexo masculino, lesões por prática esportiva, quedas acidentais, impacto de veículo e genética.

Muitos desses fatores podem ser trabalhados de uma forma multidisciplinar, associando tratamentos específicos ao tratamento odontológico.

Podemos citar, ainda, a queda dental associada a outros motivos, como:

  • Consumo de açúcar: a ingestão descontrolada de açúcar, associada a uma má higienização bucal, forma um cenário perfeito para o aparecimento de cáries e o enfraquecimento do esmalte dental.
  • Uso de substâncias: cocaína, metanfetamina e outros tipos de drogas podem afetar a saúde bucal. Medicamentos para controle de pressão arterial também podem abalar os dentes e levá-los a queda.
  • Periodontite: trata-se de uma doença crônica ocasionada por bactérias que destroem o tecido gengival e os ossos em torno dos dentes, deixando-os soltos. Ao perceber sintomas como sangramento, incômodo durante a escovação, inchaço ou vermelhidão, consulte um cirurgião-dentista imediatamente.

Quais as consequências da perda dentária?

Muitas pessoas acreditam que a perda isolada de um dente, principalmente quando não está em uma posição visível, não traz maiores consequências, adiando, assim, a ida a um consultório odontológico. Esse é um erro crucial que pode levar a complicações sérias em toda a boca.

Inicialmente, a pessoa com a perda dentária tenta compensar a situação mastigando de uma forma diferente, o que pode ocasionar desgaste e sobrecarga nos dentes saudáveis. Dependendo da extensão da perda, tanto dentária quanto óssea, os tecidos de suporte facial ficam prejudicados, podendo trazer pequenas alterações na fisionomia da pessoa.

Mesmo a falta de apenas um dente provoca a mobilização de toda a arcada dentária. Isso ocorre porque os dentes próximos vão tentar compensar a ausência do elemento e, com isso, vão se movimentar gradativamente para preencher aquele espaço. Isso provoca um efeito cascata em todos os demais, criando espaços menores entre os dentes, podendo, assim, reter restos de alimentos e favorecer a formação de placas bacterianas, além da penetração de outras bactérias.

Há diversos tratamentos possíveis para resolver o problema. É necessário, no entanto, realizar uma avaliação odontológica completa com o cirurgião-dentista para entender a extensão do problema e qual o melhor tratamento.

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