06 de dezembro de 2022
Placa miorrelaxante: será que é para mim?
Placa para bruxismo, placa de mordida, placa para ATM… os nomes são diversos, bem como suas aplicações. Saiba em que situações utilizar esse recurso para melhorar sua saúde bucal
Conhecida também por placa de mordida, placa para bruxismo e placa para ATM, a placa miorrelaxante é feita sob medida por meio de um molde feito durante a consulta odontológica. Ela pode ser confeccionada em um material macio, como silicone, ou rígido, como resina acrílica. Pode ser utilizada na arcada superior, na arcada inferior ou em ambas ao mesmo tempo.
As placas miorrelaxantes são utilizadas principalmente contra o bruxismo, sobre o qual já falamos neste artigo aqui. Resumidamente, a pessoa com esse problema costuma ranger e apertar os dentes uns contra os outros de tal maneira que sente dores na boca, na mandíbula e na cabeça. Além disso, os dentes sofrem um grande desgaste e, com o tempo, amolecem.
A placa miorrelaxante não é utilizada somente no tratamento do bruxismo, mas também em uma série de outras situações, como no deslocamento de restaurações, no alívio à articulação temporomandibular (ATM), no relaxamento da musculatura mandibular, no alívio das migrações dentárias e no tratamento de necrose do nervo dental.
Quando fazer uma placa miorrelaxante?
Somente o cirurgião-dentista pode recomendar o uso de uma placa miorrelaxante, a partir de uma consulta. Nesse momento, a pessoa é submetida a uma avaliação clínica e alguns exames podem ser solicitados para que se chegue a um diagnóstico mais preciso.
Caso seja detectada a necessidade de utilizar uma placa de mordida, o cirurgião-dentista fará um molde da arcada dentária da pessoa, levando em consideração fatores como a força aplicada nos dentes durante as crises, qual a extensão do desgaste e outros sintomas relatados.
Durante as consultas periódicas previstas no tratamento, o progresso do quadro é avaliado. Nesses momentos, o cirurgião-dentista analisa a necessidade de trocar a placa ou mesmo de refazer o molde para confeccionar outra placa miorrelaxante.
Com os avanços da tecnologia, os moldes podem ser feitos utilizando um recurso chamado scanner intraoral, que transmite toda a informação para um software que cria um modelo digital da boca da pessoa. A partir dessa leitura, é possível confeccionar o molde em pouco tempo.
Depois de pronta a placa, a pessoa retorna ao consultório odontológico para fazer a prova e para o cirurgião-dentista se certificar de que a placa funciona direitinho. Esse também é o momento de recomendar a quantidade de horas de uso diárias e qual o melhor período para utilizá-la – durante o sono, durante o dia inteiro ou parte dele.
Para manter a integridade da placa de mordida, a pessoa deverá sempre lavar as mãos antes de manuseá-la, lavar a placa com detergente neutro e escova macia, secá-la e guardá-la em seu recipiente próprio.
Conheça as principais diferenças entre as placas
- Material rígido:
Essa placa é confeccionada em acrílico, com acabamento liso e transparente. Ela é mais resistente à perfuração e seu formato impede o fechamento completo da boca, permitindo que os músculos da mandíbula fiquem mais relaxados e evitando o mau travamento da mordida. É geralmente indicada nos casos de disfunção temporomandibular (DTM), reabilitação oral e dores.
- Material macio:
Nesse caso, a placa é feita em silicone, de cor translúcida, com acabamento poroso. É mais suscetível ao rompimento e perfuração devido à natureza de seu material. Outro ponto negativo é sua maior vulnerabilidade às bactérias, uma vez que o material é poroso. Por isso, a rotina de higiene deve ser rigorosa. Esse modelo é indicado principalmente para aliviar os sintomas do bruxismo quando associado às disfunções de ATM e de DTM.
Tenho bruxismo. Preciso usar a placa de mordida?
Todo e qualquer tipo de tratamento de natureza odontológica deve ser prescrito pelo cirurgião-dentista. Caso tenha observado algum sintoma citado neste artigo, procure um consultório odontológico e comece a melhorar sua qualidade de vida.