20 de dezembro de 2023
Desvendando o canal dentário
Muita gente fica assustada quando descobre a necessidade de fazer um canal dentário, mas não é para tanto. Vamos descobrir por quê.
A pessoa tem sentido incômodo e dor de dente, tornando inevitável uma consulta com o cirurgião-dentista. Chegando lá, descobre: é tratamento de canal. Quem nunca fez o procedimento, já fica imaginando um monte de cenários, nem sempre animadores. Para tirar essa má impressão, vamos desvendar como funciona o tratamento de canal dentário.
O que houve com o dente?
Quando olhamos um dente, nem imaginamos sua verdadeira composição. Explicando de maneira mais objetiva e simplificada, os dentes são formados por:
Coroa: a parte visível para nós – o que chamamos de dente mesmo. Dependendo de sua posição e formato na arcada dentária, vai cumprir funções diferentes.
Esmalte: é uma camada que reveste e protege o dente. Se malcuidada, ela se fragiliza e deixa o dente exposto a problemas dentários.
Dentina: é uma camada abaixo do esmalte e tem menos minerais na sua composição.
Polpa: está no interior do dente, sendo formada por vasos sanguíneos, nervos e outros tecidos.
Raiz: é a parte mais profunda do dente e é fundamental para sua fixação.
O tratamento de canal precisa ser feito quanto a polpa está muito comprometida com inflamações ou morta, precisando ser retirada. O problema acontece geralmente por causa de cáries profundas não tratadas e pancadas que causaram uma fissura ou quebra do dente. Nesses casos, a lesão dá passagem para as bactérias prejudiciais à boca acessarem a polpa.
Nem todo dente danificado apresenta quadro de dor. Muitas vezes, o cirurgião-dentista descobre um problema na polpa do dente por meio de radiografia ou mesmo tomografia. Por isso é tão importante realizar as consultas periódicas de rotina.
Como é feito o tratamento de canal?
O tratamento de canal é realizado em alguns passos, muitas vezes finalizado em apenas uma consulta. Seus resultados podem durar toda uma vida, a depender do cuidado de cada paciente.
- O acesso à polpa: o primeiro passo é realizar a anestesia local. Em seguida, por meio da temida “maquininha”, o cirurgião-dentista começa a abrir um canal para chegar até a polpa do dente.
- Remoção da polpa: ao chegar à polpa, o cirurgião-dentista providencia sua retirada por meio de instrumentos próprios para a operação. Em seguida, é feita a descontaminação total da área afetada, que é preparada para ser preenchida.
- Tratamento do canal aberto: aqui estamos na etapa final, em que o cirurgião-dentista preencherá o canal aberto com materiais específicos para esse fim, selando a abertura. Em alguns casos, quando o dente está muito danificado, é necessária a aplicação de uma prótese dentária parcial, fixada sobre a restauração. Esse procedimento visa reconstituir a funcionalidade do dente, além de desempenhar um excelente efeito estético.
Seria mais fácil arrancar o dente?
Essa é uma pergunta bastante comum nos consultórios odontológicos, mas a extração de dentes só é recomendada quando o tratamento é inviável.
A extração de um dente envolve muitas variáveis, como custo mais alto, problemas de adaptação com o implante ou com a prótese utilizada no espaço do dente arrancado, além do próprio desgaste físico e emocional causado por todo o percurso entre realizar a microcirurgia de extração, cicatrização, realização da prótese e período de adaptação.
Faça consultas periódicas de rotina com o seu cirurgião-dentista e evite problemas bucais mais complicados.
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